A incontinência (perda de urina) de esforço, é a principal causa de perda urinária na mulher. Sua prevalência varia de 14 a 34% da população feminina adulta, sendo um grave problema de saúde pública, que pode levar a mulher a depressão e perda da autoestima.
O diagnóstico é feito com base na anamnese e pelo exame físico. Os sintomas são de perda de urina ao tossir, espirrar ou fazer qualquer tipo de esforço. No exame físico pode ser feito manobras para demonstrar a perda.
O tratamento inicial consiste em mudanças de hábitos de vida, como perda de peso, suspender o tabagismo, correção dos hábitos alimentares e do volume de ingestão de líquidos. A fisioterapia do assoalho pélvico consiste no tratamento inicial, podendo ter resultados de cura e melhora entre 56 a 70%.
Pacientes que não respondem ao tratamento conservador podem se beneficiar da cirurgia. Hoje a cirurgia mais indicada é a do Sling, uma tela que é passada embaixo da uretra para sustentar a mesma. É uma cirurgia de baixo risco, com recuperação rápida que se tornou um grande tratamento para esse tipo de incontinência.
A urgeincontinência ou bexiga hiperativa é uma doença comum, caracterizada pelo desejo súbito de urinar (o paciente relata que quando vem a vontade, precisa sair correndo para ir ao banheiro), que pode ser seguida ou não por perda urinária. O diagnóstico da mesma forma, é feito com base na história e exame físico. Alguns exames básicos como urina e exames de sangue, são geralmente necessários para excluir por exemplo infecção de urina, como causa dos sintomas.
O tratamento principal é feito com remédios que diminuem a contração da bexiga (anticolinérgicos). Em casos refratários existe uma ampla possibilidade de tratamento, que incluem o Botox intravesical, a eletroneuromodulação sacral, esses últimos geralmente realizados em centro cirúrgico por médico devidamente capacitado.
A incontinência mista nada mais é do que o paciente que apresenta tanto sintomas de urgência quanto de perda aos esforços, devendo geralmente ser tratado inicialmente com fisioterapia e remédios para urgência.
A síndrome da bexiga dolorosa caracteriza-se como dor ou desconforto na região pélvica, relacionadas a bexiga, acompanhados de sintomas urinários como frequência aumentada e forte desejo de urinar, na ausência de infecção ou outra patologia. Portanto para o diagnóstico é preciso excluir outras doenças que podem causar sintomas semelhantes.
Existem várias linhas de tratamento para doença, que vão desde mudanças de hábitos de vida e remédios que controlam a dor (como amitriptilina por exemplo),até mesmo injeção de substâncias intravesicais (como Botox, entre outras). Casos raros e extremamente refratários a todas as tentativas de tratamento podem se beneficiar de tratamento cirúrgicos, como a derivação urinária, ou mesmo a cistectomia (retirada da bexiga).
Como vimos o Urologista também cuida de várias doenças em mulheres. Se você apresenta qualquer tipo de incontinência urinária procura um Urologista.